A necessidade crítica de acesso à energia em África: Um roteiro para a prosperidade (Por Wale Shonibare)

Por Wale Shonibare, Diretor de Soluções Financeiras, Políticas e Regulamentação de Energia do Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org​)

Em África, a luz do sol brilha intensamente e os recursos naturais são abundantes. No entanto, apesar disso, há uma questão premente que ameaça sufocar o crescimento e a prosperidade do continente: a falta de acesso a eletricidade fiável e sustentável. Nas vésperas da Cimeira Africana da Energia (https://apo-opa.co/3PEPMUY), que se realizará a 27 e 28 de janeiro de 2025, em Dar es Salaam, na Tanzânia, a urgência de dar resposta às necessidades energéticas de África não pode ser exagerada. Sem energia, África não pode alcançar as suas aspirações de desenvolvimento e ocupar o seu lugar por direito na primeira linha do palco mundial. Esta cimeira é um passo fundamental para desbloquear o vasto potencial de África e capacitar o seu povo. 

A dura realidade da pobreza energética e do setor da energia em África
 
Atualmente, cerca de 600 milhões de africanos – aproximadamente metade da população do continente – ainda vivem sem acesso à eletricidade. Para estas pessoas, a vida quotidiana é uma luta iluminada pelo brilho ténue dos candeeiros de querosene ou pelo zumbido intermitente dos geradores a gasóleo. Estas soluções paliativas não só são dispendiosas como também poluentes, perpetuando um ciclo de pobreza e degradação ambiental. Ao ritmo atual de eletrificação e com o rápido crescimento demográfico de África, o número de pessoas sem eletricidade permanecerá praticamente inalterado, a menos que tomemos medidas corajosas e imediatas. 

O que torna este desafio significativo em África é o facto de, durante muitas décadas, o setor da energia ter enfrentado numerosos desafios interligados que incluem, nomeadamente, baixas taxas de acesso, falta de manutenção, falta de investimento, tarifas que não refletem os custos, subsídios incomportáveis e falta de sustentabilidade financeira. A maioria dos serviços públicos africanos encontra-se em dificuldades financeiras – têm dificuldade em cobrir os seus custos de funcionamento e não podem financiar as despesas de capital necessárias para manter as suas operações, o que os obriga a depender de subsídios públicos. 
 
Ao mesmo tempo, a maior parte do financiamento disponível para os projetos energéticos é atualmente em moeda forte, o que nem sempre é sustentável, porque os serviços energéticos são pagos pelas populações locais em moeda local, o que resulta num desfasamento cambial provocado pela volatilidade das moedas locais face às moedas fortes internacionais. Além disso, as autoridades reguladoras estão sujeitas a interferências políticas na maioria dos países africanos, o que afeta a sua tomada de decisões e a sua capacidade de aplicar políticas que apoiem o desenvolvimento do setor a longo prazo. 

Acredito fervorosamente que, sem acesso a eletricidade fiável, acessível e sustentável, África não conseguirá atingir as suas aspirações de desenvolvimento. O acesso à energia é a pedra angular da transformação económica, abrindo oportunidades para a educação, os cuidados de saúde, a igualdade de género e a geração de rendimentos. É um pré-requisito para a criação de um futuro verde e resiliente, em que a pobreza seja uma relíquia do passado. 

Missão 300  (https://apo-opa.co/3PEPMUY): Uma visão arrojada para o futuro 

Em resposta a esta necessidade urgente, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e outros parceiros lançaram uma iniciativa ambiciosa conhecida como Missão 300 (https://apo-opa.co/3PEPMUY). Esta iniciativa visa proporcionar acesso à eletricidade a 300 milhões de africanos até 2030. A Missão 300 não é apenas um número; representa vidas transformadas, economias revitalizadas e comunidades capacitadas. 

O plano centra-se na aceleração da eletrificação através de uma combinação de extensões de rede e soluções de energia renovável distribuída, tais como mini redes e sistemas solares domésticos autónomos. Estas soluções são particularmente eficazes para chegar a áreas frágeis e remotas onde a infraestrutura de rede tradicional é impraticável. A complementar estes esforços estão os investimentos na produção, transmissão, interconexão regional e reforma do setor, para garantir que o fornecimento de energia é não só fiável, mas também acessível e sustentável. 

Parcerias e reformas: As chaves do sucesso 

A Missão 300 só será bem sucedida com os esforços coletivos dos governos, das partes interessadas do setor privado e dos parceiros internacionais. Os governos devem assumir a liderança, implementando reformas fundamentais para tornar o setor da energia mais eficiente e os serviços públicos mais sólidos. São essenciais processos de concurso transparentes e competitivos para novas capacidades de produção, juntamente com mecanismos de recuperação de custos para as empresas de serviços públicos. As entidades reguladoras terão de reagir com a devida agilidade e inovação para se manterem atentas a um ambiente tecnológico e empresarial em rápida mutação. Os governos e os parceiros para o desenvolvimento devem reforçar o apelo ao comércio regional de eletricidade, a fim de facilitar o abandono do modelo de comprador único e permitir a integração sustentável das energias renováveis variáveis (ERV) em redes fracas, para ajudar a definir as vias de transição energética dos países africanos. 

A participação do setor privado é crucial para enfrentar os desafios energéticos de África, especialmente tendo em conta o rápido crescimento da população africana e a necessidade de aumentar o investimento. O setor privado já está a desempenhar um papel vital na expansão do acesso às energias renováveis, particularmente através de soluções energéticas descentralizadas, uma área em que os projetos tradicionais à escala dos serviços públicos enfrentam limitações devido a constrangimentos infraestruturais. Entretanto, os bancos multilaterais de desenvolvimento e as organizações filantrópicas têm de intensificar o desbloqueamento de capital privado para o setor da energia através de instrumentos de financiamento específicos, ferramentas de mitigação de riscos, assistência técnica e defesa de políticas. 

O recém-lançado Fundo para Assistência ao Setor Privado Africano (https://apo-opa.co/3CaOjmm) é um passo promissor nesta direção, fornecendo assistência técnica aos governos e ajudando a simplificar os processos para atingir os objetivos da Missão 300. 

Um momento decisivo: A Cimeira Africana da Energia 

A próxima Cimeira Africana da Energia representa um momento crucial para o continente. Acolhida pelo Governo da República Unida da Tanzânia, pela União Africana, pelo Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo Grupo Banco Mundial, esta cimeira reunirá chefes de Estado, peritos em energia e líderes do setor privado para forjar um caminho para o acesso universal à energia. 

Na cimeira, vários governos africanos apresentarão os seus compactos energéticos nacionais, delineando os seus compromissos com reformas e ações a curto prazo para atingir os seus objetivos energéticos. Estes compactos mostrarão as estratégias e parcerias inovadoras que estão a ser implementadas para promover o acesso universal à energia de uma forma fiável, acessível e sustentável. A cimeira destacará também o papel fundamental de parceiros internacionais como a Fundação Rockefeller, a Energia Sustentável para Todos (SEforALL) (https://apo-opa.co/40D8wdO) e a Aliança Global para as Pessoas e o Planeta (GEAPP), que estão a mobilizar recursos e conhecimentos para apoiar esta missão.  

Significativamente, a cimeira irá revelar alguns novos compromissos de despesa e iniciativas inovadoras concebidas para encorajar os países africanos a mobilizarem mais dos seus recursos internos para financiar a implantação acelerada de infraestruturas de energia verde em todo o continente. 

Porquê agora? 
A convergência de avanços tecnológicos, digitalização e modelos de financiamento inovadores faz com que este seja o momento mais oportuno para enfrentar os desafios energéticos de África. A concretização da Missão 300 não só iluminará as casas e as empresas, como também impulsionará o progresso na educação, nos cuidados de saúde e na igualdade de género. Reduzirá as emissões, melhorará o bem-estar e impulsionará a geração de rendimentos e a inclusão financeira em todo o continente. 
 
Ao reunirmo-nos em Dar es Salaam, lembremo-nos de que o acesso à energia é mais do que um mero desafio técnico; é um imperativo moral. Trabalhando em conjunto, podemos transformar o panorama energético de África e, ao fazê-lo, criar um futuro mais brilhante e mais próspero para milhões de pessoas. 
 
Façamos da Missão 300 um ponto de viragem. Asseguremos que os 13 acordos compactos de referência  (https://apo-opa.co/3C1OzUL)  assinados esta semana apontem o caminho para iluminar o resto do nosso continente. 

Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).

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“Programa de Valorização do Grogue dá prioridade à proteção da saúde pública” – Ministro Alexandre Monteiro

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O Ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, anunciou, durante a abertura da Conferência “Global Research on Grogue”, que o Programa de Valorização do Grogue prioriza a proteção da saúde pública, com foco na melhoria da qualidade do produto, fiscalização e regulamentação da produção. O programa inclui medidas como a certificação da indústria e a implementação de Boas Práticas de Fabricação e do Sistema HACCP, visando garantir a conformidade das unidades de produção.

O Ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro garantiu hoje, 16 de janeiro, durante a abertura da Conferência das Partes Interessadas “Global Research on Grogue” que “o Programa de Valorização do Grogue, que estamos a implementar, dá prioridade à proteção da saúde pública através de diversas medidas, entre outras como a promoção da qualidade do produto e do processo de fabrico. Inclui também o condicionamento do licenciamento industrial ao licenciamento sanitário, a limitação legal do período anual de produção e o reforço da fiscalização”.

O Governante afirmou que desde 2015, o Governo de Cabo Verde têm implementado políticas ambiciosas para a valorização do grogue. Entre essas medidas, destacam-se a regulamentação da produção, comercialização e fiscalização, bem como ações de sensibilização e capacitação dos produtores, assegurando a qualidade e autenticidade do produto.

“Em 2015, apenas 3% das unidades cumpriam os requisitos necessários para o licenciamento, percentagem que aumentou para 6% em 2017. Para facilitar a implementação da lei, foi aprovada a Resolução n.º 87/2018, que institui um plano de adequação progressiva e faseada das unidades de produção de grogue às exigências legais, permitindo que, em 2023, mais de 60% das unidades de produção de grogue cumprissem os requisitos mínimos para licenciamento”.

O Ministro Alexandre Monteiro avançou que “para 2025, estão previstas atividades para a certificação na indústria do grogue, contando com financiamento aprovado no Orçamento do Estado. Destacam-se programas de certificação baseados nas Boas Práticas de Fabricação (BPF) e no Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo (HACCP), abrangendo todas as etapas da cadeia de valor do grogue, da produção até ao consumidor final”.

Ainda, no âmbito da cooperação entre o Instituto de Gestão da Qualidade e da Propriedade Intelectual (IGQPI) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia do Brasil (INMETRO), está prevista a realização de uma ação de capacitação para o desenvolvimento de Material de Referência (MR) destinado aos professores e investigadores da UNICV, com foco no grogue como estudo de caso.

A Conferência das Partes Interessadas: “Global Research on Grogue” foi organizada pela UNICV em parceria com a Kennesaw State University dos EUA e terá a duração de 2 dias.

Distribuído pelo Grupo APO para Governo de Cabo Verde.

A União Africana de Radiodifusão (UAR) está a organizar a 2ª Cimeira dos Media sobre Alterações Climáticas e Redução do Risco de Desastres, de 13 a 14 de Fevereiro de 2025, em Dakar – Senegal

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Por ocasião do Dia Mundial do Rádio, o Senegal acolhe em Dacar, nos dias 13 e 14 de Fevereiro de 2025, a 2ª Cimeira de Mídia sobre Mudanças Climáticas e Redução de Riscos de Desastres. Este encontro internacional, organizado pela União Africana de Radiodifusão (UAR) (www.UAR-AUB.org), pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres (UNDRR) e pela Rádio Televisão Senegalesa (RTS), reunirá jornalistas, especialistas, climatologistas/ambientalistas, tomadores de decisão política e representantes da sociedade civil para discutir o papel crucial do rádio no combate às mudanças climáticas.

Sob o tema: “O rádio no coração das comunidades: juntos diante do desafio climático”, esta cimeira vai explorar as formas de fortalecer o uso do rádio como ferramenta de conscientização, educação e mobilização para enfrentar os desafios climáticos.

Por que o rádio?

Em um mundo hiperconectado, o rádio continua sendo um meio essencial, especialmente em áreas rurais e comunidades isoladas. Sua capacidade de alcançar um amplo público, sua portabilidade e resiliência fazem dele uma ferramenta indispensável para a disseminação de informações vitais sobre mudanças climáticas e para incentivar a prevenção.

O objectivo da cimerira será o de partilhar as melhores práticas, incluindo a troca de experiências sobre o uso do rádio para conscientizar sobre a emergência climática; fortalecer as capacidades de jornalistas e produtores de rádio no campo do clima; e fomentar parcerias entre os diferentes actores envolvidos no combate às mudanças climáticas.

Ao reunir especialistas de diferentes áreas, esta cúpula busca fortalecer o papel do rádio na luta contra as mudanças climáticas e contribuir para um futuro mais sustentável para todos.

Distribuído pelo Grupo APO para African Union of Broadcasting (AUB).

Contatos úteis:
UAR

E: contact@uar-aub.org
T: +221 338 21 1625
www.UAR-AUB.org

Lançamento do Cabo Verde Country Climate Development Report (CCDR)

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O Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, lançou hoje o Cabo Verde Country Climate Development Report (CCDR), um marco na governança climática do país. O relatório propõe diretrizes para a sustentabilidade e resiliência climática, abordando temas como energias renováveis, economia azul e adaptação às mudanças climáticas.

“O Cabo Verde Country Climate Development Report (CCDR), lançado hoje, representa um marco estratégico na governança climática, oferecendo diretrizes integradas para a sustentabilidade e o desenvolvimento inclusivo do país”, afirmou o Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, na cerimónia de lançamento do CCDR.

Esta constatação foi feita nesta quarta-feira, 15 de janeiro, pelo Ministro da Agricultura e Ambiente durante o ato de lançamento do CCDR. Segundo o mesmo, esta iniciativa surge como mais um passo significativo na construção de uma boa governança climática em Cabo Verde, com um relatório que fornece uma visão integrada dos desafios e oportunidades para a sustentabilidade ambiental e climática no nosso país.

De acordo com o Ministro, o documento alinha-se com os compromissos nacionais, como o Plano Nacional de Adaptação (NAP), os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS II).

“O relatório apresenta recomendações concretas para fortalecer a resiliência de Cabo Verde face às mudanças climáticas, abrangendo áreas críticas como a gestão sustentável da água, a transição para energias renováveis, a economia azul, o turismo sustentável e a mobilidade urbana”, frisou.

O tutelar pela pasta do Ambiente frisou ainda a importância de uma abordagem integrada que envolva a educação climática e a capacitação das populações mais vulneráveis.

Outro ponto destacado foi a necessidade de financiamento adequado para pequenos estados insulares em desenvolvimento (SIDS, na sigla em inglês), como Cabo Verde.

Distribuído pelo Grupo APO para Governo de Cabo Verde.

A Red Sky Energy assegura uma participação de 35% no Bloco 6/24 e está de olho em novos negócios em Angola

A empresa australiana de exploração e produção Red Sky Energy fez a sua primeira incursão no mercado africano de petróleo e gás, adquirindo uma participação de 35% no Bloco 6/24, ao largo de Angola. Em declarações exclusivas à Energy Capital & Power (www.EnergyCapitalPower.com), Andrew Knox, da empresa Presidente , citou a conferência Angola Oil & Gas (AOG) como fundamental para a concretização do negócio. Knox participou num painel de discussão durante a AOG 2024 e a aquisição do Bloco 6/24 pela empresa sublinha o impacto que o evento desempenha como plataforma para interagir com a indústria e garantir negócios. 

Que factores específicos tornaram Angola um destino atrativo para o primeiro empreendimento internacional da Red Sky Energy? 

A Red Sky Energy tem estado a analisar certas oportunidades [em todo o continente] nos últimos três anos e descobriu que existem oportunidades significativas em Angola. O acordo que assinámos representa a nossa primeira incursão no continente africano e é extremamente excitante para nós. A produção de Angola é de cerca de 1,1 milhões de barris por dia e é um mercado bem estabelecido. Concentramo-nos em recursos comprovados ou activos desenvolvidos, e naqueles com recursos descobertos que podemos utilizar a nossa experiência para desenvolver e colocar no mercado. Em Angola, estamos a ver muitas oportunidades para fazer isso mesmo. Existem muitos campos mais pequenos situados perto de infra-estruturas estabelecidas. 

Atualmente, para a nossa primeira entrada, não pretendemos operar. Gostaríamos de nos sentir à vontade no mercado e de contactar primeiro com todos os intervenientes. No entanto, não estamos presos à ideia de não sermos operadores. No futuro, também iremos considerar posições operacionais. Há muito petróleo em Angola, com boas oportunidades e um governo que nos apoia muito. O que o país fez nos últimos anos – com a alteração da sua estruturação, a criação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis e a melhoria das condições fiscais – foi o que nos atraiu para o mercado. 

Queira explicar o potencial do Bloco 6/24, nomeadamente a importância da descoberta de petróleo de Cegonha? 

Adquirimos este interesse através de negociação direta com o governo. O Bloco 6/24 está localizado a cerca de 12 km de Luanda e da refinaria, o que é muito conveniente para nós. Tem também um poço existente e a descoberta de petróleo Cegonha, o que faz com que seja a oportunidade perfeita para uma primeira entrada no país. O crude é pesado, com um API de cerca de 20. No entanto, existe produção desse tipo de crude em campos próximos, pelo que não será um problema para nós produzir, potencialmente assinar um contrato de compra e venda e fazer chegar o crude à refinaria de Luanda. 

Como é que prevê que a parceria com a Sonangol e o ACREP contribua para o desenvolvimento do Bloco 6/24? 

Estabelecemos uma parceria com a Sonangol, a empresa petrolífera nacional, bem como com o ACREP. Nós temos uma participação de 35%, a Sonangol vai operar com 50% e o ACREP com 15%. Em primeiro lugar, a Sonangol conhece o mercado. Estão no terreno em grande escala e, por isso, para nós, não existem desafios associados ao facto de trazer um operador estrangeiro para o país pela primeira vez. A Sonangol está bem estabelecida e tem boas ligações no país. Em segundo lugar, a ACREP é também uma empresa nacional. É um operador mais pequeno mas bastante ágil e estamos impressionados com as suas soluções em termos da forma como desenvolvemos o campo. 

O acordo prevê a realização de estudos geológicos e geofísicos alargados ao longo de três anos e uma potencial decisão de perfuração no 4º ano. Quais são os principais objectivos que a Red Sky Energy espera alcançar neste período de tempo? 

Estamos a estudar e possivelmente a reprocessar os dados sísmicos existentes. Existem aproximadamente 3.000 km² de dados sísmicos na licença e vamos procurar potencialmente reprocessá-los parcialmente e avaliar a forma de desenvolver o campo. Quanto ao caminho a seguir: vamos reentrar no poço existente? Vamos fazer um sidetrack ou um novo poço de avaliação? É isto que estamos a analisar atualmente. Não estamos à espera de três anos para perfurar o poço; este é apenas o prazo para tomarmos a decisão de perfurar. Obviamente, estamos a tentar ver se podemos antecipar esse prazo. 

Para além do Bloco 6/24, quais são as ambições a longo prazo da Red Sky Energy em Angola? 

Estamos a analisar muitas oportunidades em Angola. Esperamos criar um grande centro de lucros para a empresa no país. Mas estamos a centrar-nos nas descobertas existentes ou nas que estão em produção – não estamos a olhar diretamente para a exploração nesta altura.  

Que papel desempenhou a Angola Oil & Gas 2024 na facilitação do negócio? 

A Angola Oil & Gas foi fundamental para nós em muitos aspectos. Foi a nossa primeira participação na conferência e tivemos a oportunidade de conhecer toda a gente. Toda a gente da indústria participa no evento e foi excecionalmente útil para nós. Ficámos muito satisfeitos com a forma como a conferência decorreu e aprendemos muito com ela. Foi uma conferência muito bem organizada e bem gerida. Em 2025, voltaremos sem dúvida a participar. Em resumo, estamos satisfeitos por estarmos agora envolvidos, estamos a analisar outras oportunidades e é um local maravilhoso para fazer negócios no sector do petróleo e do gás. Iremos certamente procurar outras perspectivas em Angola – fique atento a este espaço. 

Distribuído pelo Grupo APO para Energy Capital & Power.

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Banco Africano de Desenvolvimento, PowerGen e parceiros lançam plataforma transformadora de energia renovável para ampliar o acesso à energia limpa em todo o continente

A PowerGen Renewable Energy (PowerGen) estabeleceu uma parceria com os principais investidores internacionais para criar uma plataforma de energia renovável distribuída e escalável que visa a implementação de 120 MW de energia renovável, incluindo soluções de armazenamento de energia em bateria em toda a África.

A plataforma é uma colaboração entre a PowerGen e o Grupo de Desenvolvimento de Infraestruturas Privadas (PIDG), o Fundo de Investimento Dinamarquês para os Países em Desenvolvimento (IFU), a EDFI Management Company, através da sua Iniciativa de Financiamento da Eletrificação (ElectriFi) financiada pela UE, e o Fundo de Energia Sustentável para África (SEFA) do Banco Africano de Desenvolvimento. O compromisso principal do PIDG foi feito através da InfraCo, o seu braço de investimento, com capital concessional fornecido pela Assistência Técnica do PIDG.

O SEFA é um fundo especial de vários doadores gerido pelo Banco Africano de Desenvolvimento que fornece financiamento catalítico para desbloquear investimentos do setor privado em energias renováveis e eficiência energética.

Com base nos mais de treze anos de experiência da PowerGen no desenvolvimento, implementação e operação de projetos em toda a África, os fundos apoiarão a implantação de uma carteira de 120MW de mini e metro redes renováveis e soluções de energia comercial e industrial (C&I), incluindo o armazenamento de energia em baterias.

Inicialmente centrada na Nigéria, na Serra Leoa e na República Democrática do Congo (RDC), a plataforma será alargada a toda a região, tirando partido do vasto leque de projetos da PowerGen, em combinação com parcerias locais de desenvolvimento e engenharia, aprovisionamento e construção (EPC). A adoção de uma abordagem de plataforma tem o potencial de acelerar os esforços para ligar os 570 milhões de pessoas em toda a África subsaariana que atualmente não têm acesso à eletricidade, de acordo com dados da IRENA.  O primeiro fecho da transação foi alcançado em janeiro de 2025 e irá catalisar financiamentos adicionais de capital próprio e de dívida ainda este ano.

O Dr. Daniel Schroth, Diretor de Energias Renováveis e Eficiência Energética do Banco Africano de Desenvolvimento, afirmou: “A contribuição do Banco Africano de Desenvolvimento para a plataforma da PowerGen reflete o nosso empenho em catalisar o investimento privado em infraestruturas sustentáveis e no acesso à energia, em conformidade com os objetivos da Missão 300. Este projeto levará eletricidade a zonas mal servidas na Nigéria, Serra Leoa e RDC, gerará uma atividade económica significativa e criará numerosas oportunidades de emprego. É um excelente exemplo da nossa estratégia para impulsionar o desenvolvimento através de parcerias específicas”.

A Diretora de Gestão de Investimentos do PIDG para a InfraCo, Claire Jarratt, afirmou: “O PIDG tem trabalhado com a PowerGen há vários anos na Serra Leoa e estamos confiantes na sua capacidade de desenvolver, fornecer e operar infraestruturas de energia distribuída de alta qualidade em condições difíceis. Estamos, por conseguinte, muito satisfeitos por apoiar este novo investimento. Temos o prazer de trabalhar com parceiros para apoiar a PowerGen a expandir a sua oferta em toda a África subsaariana a uma escala de plataforma que tem o potencial de ser verdadeiramente transformadora.”

Luke Foley, Diretor Adjunto de Assistência Técnica do PIDG, acrescentou: “Este investimento é o epítome do mandato do PIDG. Baseia-se na utilização inovadora que o PIDG faz das suas ferramentas de financiamento misto e reforça a sua dedicação ao apoio à implantação de soluções energéticas sustentáveis, que são fundamentais, tanto para combater as alterações climáticas, como para promover a resiliência económica na região”.

O Diretor de Investimento do IFU, Henrik Henriksen, afirmou: “Há uma enorme necessidade de permitir o acesso a energia limpa que possa ajudar as famílias e as empresas carenciadas em África a tornarem-se mais resistentes às alterações climáticas e a proporcionar-lhes oportunidades de melhores condições de vida sem aumentar ainda mais as emissões de gases com efeito de estufa. Por conseguinte, estamos muito orgulhosos por fazer parte de um investimento conjunto que permite à PowerGen desenvolver soluções sustentáveis de energia fora da rede na África subsaariana. Isto alinha-se com o nosso maior enfoque no apoio à transição de África para uma maior resiliência às alterações climáticas”.

Rodrigo Madrazo Garcia de Lomana, Diretor Executivo da EDFI Management Company, afirmou: “O nosso investimento inicial na PowerGen Renewable Energy em 2019 provou ser verdadeiramente catalisador, abrindo caminho para esta significativa ronda de financiamento. Estamos entusiasmados em continuar a apoiar o crescimento da PowerGen como parte desta etapa, que mostra o efeito cascata do nosso compromisso inicial. A PowerGen exemplifica como o financiamento direcionado para a fase inicial pode desbloquear soluções transformadoras para o acesso sustentável à energia em mercados emergentes.”

Aaron Cheng, Diretor Executivo da PowerGen, declarou: “Estamos entusiasmados por anunciar este próximo capítulo transformacional para impulsionar a nossa visão de fornecer energia limpa, fiável e acessível em toda a África. Estamos gratos aos nossos fantásticos parceiros pela sua colaboração e, juntos, esperamos contribuir em escala para a transição energética e o crescimento socioeconómico em todo o continente.”

Com o financiamento garantido, a PowerGen está bem posicionada para servir as necessidades energéticas de mais de 68 mil famílias e reduzir o custo da energia para 7 mil empresas. Espera-se que o aumento do acesso a eletricidade fiável e acessível aumente a produtividade das empresas, crie empregos indiretos e impulsione o crescimento económico.

Distribuído pelo Grupo APO para African Development Bank Group (AfDB).

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Angola e Moçambique: Cooperação bilateral reforçada em encontro de alto nível

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O Executivo angolano manifestou a disponibilidade de trabalhar com Moçambique para o estreitamento das relações bilaterais e reiterou o compromisso de continuar a manter e reforçar os laços históricos de cooperação.

A pretensão foi expressa pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República de Angola, Adão de Almeida, durante uma audiência concedida pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, nesta quarta-feira, 14 de Janeiro, em Maputo.

Adão de Almeida também expressou solidariedade a Moçambique face à tensão pós-eleitoral e almejou um processo de transição pacífica no país irmão.

O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República de Angola encontra-se na capital moçambicana para testemunhar, em representação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, hoje, 15 de Janeiro, o acto de investidura do novo Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, eleito a 9 de Outubro de 2024.

Na audiência, Adão de Almeida fez-se acompanhar por uma curta delegação, integrada pelo embaixador da República de Angola na República de Moçambique, José João Manuel, e por quadros do Ministério das Relações Exteriores (MIREX).

Distribuído pelo Grupo APO para Governo de Angola.

CEDEAO reúne-se com a ministra da família do Senegal para discutir projecto de construção de fábrica de pensos higiénicos no país

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No passado dia 7 de Janeiro de 2025, o Departamento de Desenvolvimento Humano e Assuntos Sociais (HDSA) da Comissão da CEDEAO, através do Centro de Desenvolvimento do Género da CEDEAO (EGDC), realizou uma reunião de consulta relativa ao projecto de construção de uma unidade de fabrico de pensos higiénicos e fraldas. O encontro decorreu na sala de conferências do Ministério da Família e Solidariedade da República do Senegal.

Esta reunião de grande importância foi uma iniciativa da Comissária do HDSA da Comissão da CEDEAO, a Professora Doutora Fatou Sow Sarr, que se fez acompanhar pelo Director do EGDC, pelo Director Interino de Assuntos Jurídicos e pelo Director de Administração e Serviços Gerais da Comissão da CEDEAO.

A delegação da CEDEAO foi recebida pela Ministra da Família e Solidariedade da República do Senegal, a Excelentíssima Senhora Maimouna Dieye, que sublinhou a excelência da cooperação com a Comissão da CEDEAO no âmbito dos programas de Promoção do Género e Empoderamento das Mulheres. A Ministra reiterou o compromisso do Senegal em consolidar os progressos alcançados em benefício das mulheres.

No decorrer da audiência, a Comissária apresentou a nova abordagem do seu departamento, que visa criar um ecossistema global para optimizar os programas da CEDEAO em prol da igualdade de género e do empoderamento feminino. Destacou, ainda, a relevância do projecto de construção de uma unidade de fabrico de pensos higiénicos e fraldas no Senegal, destinada a apoiar alunas em idade escolar e mulheres afectadas por fístula obstétrica, bem como a produção de fraldas para pessoas idosas.

Após a audiência, seguiu-se uma reunião técnica com o intuito de definir orientações e estabelecer prioridades para garantir o sucesso deste ambicioso projecto, que não só irá melhorar o acesso a produtos de higiene feminina, mas também impulsionar o empreendedorismo local.

Durante as discussões, o Ministério da Família e Solidariedade da República do Senegal reafirmou o seu firme compromisso em apoiar esta iniciativa essencial para o bem-estar das mulheres e raparigas do país.

Distribuído pelo Grupo APO para Economic Community of West African States (ECOWAS).

Uma ação climática ambiciosa trará grandes dividendos para Cabo Verde

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A construção de resiliência e a aceleração de uma transição de baixo carbono são centrais para a estratégia de desenvolvimento sustentável de Cabo Verde, de acordo com o recém-lançado Relatório sobre o Clima e o Desenvolvimento do País (CCDR).

Sendo um Pequeno Estado Insular em Desenvolvimento (SIDS) situado no Oceano Atlântico, Cabo Verde é particularmente vulnerável às alterações climáticas e às catástrofes naturais, incluindo secas, inundações, aquecimento dos oceanos e subida do nível do mar. Estas vulnerabilidades são ainda agravadas por desafios económicos, como a forte dependência do turismo, a importação de combustíveis e bens, que representam 80% do consumo interno de alimentos, bem como uma elevada dívida pública. As alterações climáticas ameaçam agravar estas questões, com projeções que indicam perdas potenciais do PIB de até 3,6% até 2050, se não forem implementadas medidas de adaptação eficazes.

O CCDR fornece um roteiro para alinhar as aspirações de desenvolvimento de Cabo Verde com a ação climática, investindo em medidas que mitiguem os riscos climáticos e, ao mesmo tempo, desbloqueiem novas oportunidades de crescimento sustentável e inclusivo. O relatório enfatiza a necessidade de uma abordagem integrada para lidar com as vulnerabilidades de Cabo Verde. As prioridades imediatas incluem:

  • Promover a gestão integrada da terra e da água: Aumentar a segurança alimentar através de irrigação eficiente, culturas resistentes à seca e recuperação da paisagem
  • Promover uma economia azul resiliente às alterações climáticas: Diversificar o setor do turismo, melhorar a gestão sustentável das pescas e proteger os ecossistemas costeiros
  • Modernização dos sistemas de infra-estruturas: Integrar os riscos climáticos no planeamento urbano e dos transportes, para salvaguardar infra-estruturas críticas e melhorar a conectividade entre as ilhas
  • Acelerar a transição energética com baixas emissões de carbono: Expandir a capacidade das energias renováveis e melhorar a eficiência da rede para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis importados e diminuir os custos da energia
  • Aumentar a resiliência social: Reforçar os sistemas de proteção social e investir na educação e no desenvolvimento de competências para apoiar grupos vulneráveis e potenciar novas oportunidades de emprego nos setores verdes

O CCDR estima que uma ação ambiciosa no domínio do clima exigiria investimentos de cerca de 140 milhões de dólares americanos por ano, de 2024 a 2030 e posteriormente, mas os benefícios económicos e sociais ultrapassariam esses custos. A mobilização de financiamento a esta escala exigirá uma forte parceria com o setor privado e partes interessadas internacionais, e o recurso a instrumentos financeiros inovadores. Até 2050, a ação climática poderá resultar num aumento de 2,5% do PIB, em comparação com o cenário de referência.

“A ação climática não é apenas uma necessidade; é uma oportunidade para Cabo Verde traçar um futuro mais sustentável e próspero. Com uma governação forte, financiamento inovador e envolvimento da comunidade, Cabo Verde pode liderar o caminho da resiliência e do desenvolvimento de baixo carbono, afirmou Indira Campos, Representante Residente do Grupo Banco Mundial para Cabo.

Para mais informações, leia e descarregue o relatório completo aqui (i).

Distribuído pelo Grupo APO para The World Bank Group.

Critical Minerals Africa torna-se na African Mining Week (Semana Africana de Mineração) – agendada para 1-3 de outubro de 2025

A conferência Critical Minerals Africa – realizada na Cidade do Cabo e organizada pela Energy Capital & Power (ECP) (www.EnergyCapitalPower.com) – foi renomeada como African Mining Week (AMW). Esta mudança reflecte as oportunidades integradas nos sectores de energia e mineração do continente e visa impulsionar uma cultura de colaboração entre estes sectores estratégicos. 

Ao ter lugar no Centro Internacional de Convenções da Cidade do Cabo de 1 a 3 de outubro de 2025, o evento de três dias oferece uma oportunidade única para as indústrias de energia e mineração de África se envolverem e assinarem acordos sob o mesmo tecto. A decorrer em paralelo com a African Energy Week (AEW): Invest in African Energies 2025 conference, esta plataforma dinâmica procura promover sinergias intersectoriais, mostrar o potencial energético e mineiro do continente e, ao mesmo tempo, posicionar África como um destino de investimento de primeira linha para capital, tecnologia e promotores de projectos.

A indústria mineira do continente está a caminho de atingir um valor de mercado de 135 biliões de dólares até ao final de 2027, apresentando uma taxa de crescimento anual composta de 5,6%. Impulsionado por factores como o aumento da procura, políticas governamentais de apoio e a introdução de tecnologias mineiras avançadas, este crescimento servirá de catalisador para um desenvolvimento económico mais amplo em África.

A riqueza dos recursos minerais de África não pode ser subestimada. África é responsável por cerca de 73,3% da produção mundial de cobalto, 65,2% da produção mundial de manganês, 43,3% da produção mundial de crómio e 43,7% da produção mundial de diamantes. Além disso, o continente detém uma posição dominante no fornecimento de metais do grupo da platina, ouro e fosfato, com um potencial de crescimento significativo em minerais como a bauxite, o cobre, o minério de ferro, o urânio, o lítio e o carvão. O que torna o continente tão atractivo é a sua diversidade de recursos, o seu historial comprovado como fornecedor global e as políticas pró-investimento que promovem transacções de M&A e a injeção de capital a longo prazo. No meio dos esforços para acelerar o ritmo da transição energética global, ao mesmo tempo que se acelera o desenvolvimento da extração mineira e da beneficiação sustentáveis, a AMW serve de catalisador para o investimento e de oportunidade para enfrentar os desafios com que se deparam os mercados mineiros do continente.

Ao mesmo tempo, a indústria energética africana está no limiar de um crescimento acelerado. Servindo como uma das últimas fronteiras do mundo para a exploração de petróleo e gás, África está apenas a começar a desbloquear todo o potencial dos seus mercados de hidrocarbonetos onshore e offshore. As descobertas de exploração feitas na Namíbia, Zimbabué, Costa do Marfim, Angola, Uganda, Senegal e outros países reflectem o potencial substancial disponível em mercados pouco explorados. Ao mesmo tempo, os mercados de energia e de energias renováveis do continente estão a ser rapidamente desenvolvidos, à medida que os parceiros globais aumentam o seu apoio a projectos nos sectores solar, eólico, do hidrogénio verde e sectores associados. A África do Sul tem como objetivo o desenvolvimento de uma economia de hidrogénio verde, a Etiópia está a realizar projectos ambiciosos de energia hidroelétrica, a Mauritânia deverá lançar projectos de hidrogénio à escala do GW e Marrocos emergiu como um importante produtor de energia solar. Estes projectos sublinham o nível de potencial disponível para as empresas de energia em África.

Apesar destes desenvolvimentos, África mal explorou as suas indústrias energéticas e mineiras. Com grande parte dos recursos naturais e minerais do continente subdesenvolvidos e subexplorados, existe uma oportunidade crítica para os intervenientes globais e africanos colaborarem e investirem em África. Os sectores de energia e de minas não podem ser desenvolvidos isoladamente.  Estes sectores estão intrinsecamente ligados e podem avançar ainda mais rapidamente através da integração e da colaboração intersectorial. É nesta conjuntura que a conferência AMW desempenha um papel fundamental.

“O evento AMW tem como objetivo criar uma plataforma dinâmica e interactiva que reforce a posição de África nas cadeias de valor globais de mineração e energia. Ao decorrer em simultâneo com a AEW – a principal plataforma de investimento de energia de África – o evento une estrategicamente os dois sectores, permitindo aos participantes explorar sinergias, partilhar conhecimentos e identificar oportunidades inter-industriais de crescimento e desenvolvimento. Com uma forte ênfase na beneficiação continental, a AMW irá impulsionar investimentos de valor acrescentado, encorajar uma maior actividade de M&A, enquanto apresenta projectos e oportunidades de financiamento que geram elevados retornos para os financiadores estrangeiros,” afirma James Chester, CEO da ECP.

“O que África precisa é de mais investimento, especificamente em sectores estratégicos como energia e exploração mineira. Os recursos do continente podem redefinir as cadeias de abastecimento globais e, com políticas de apoio, depósitos inexplorados e parceiros locais fortes, nunca houve um momento mais crítico para investir em projectos africanos. Co-localizadas na Cidade do Cabo, a AEW e a AMW estão estreitamente alinhadas, procurando impulsionar a próxima onda de colaboração, investimento e inovação em África”, observa Rachelle Kasongo, Gestora de Projectos da AMW.  

Distribuído pelo Grupo APO para Energy Capital & Power.

Para mais informações: 
visite: www.African-MiningWeek.com

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