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O Conselho de Segurança analisou ações de combate ao terrorismo durante a apresentação do 20º relatório do secretário-geral sobre a ameaça do Estado Islâmico no Iraque e no Levante, Isil, também conhecido como Daesh.
O subsecretário-geral da ONU de Contraterrorismo, Vladimir Voronkov, e a diretora-executiva do Comitê de Contraterrorismo, Natalia Gherman, discursaram na reunião dos 15 países-membros.
Aumento de 16% para a África Subsaariana
Voronkov, que lidera o Escritório de Contraterrorismo, disse que o auxílio técnico para a África Subsaariana aumentou 16% porque a região se tornou o epicentro do terrorismo global. Desde o ano passado é prioritário o apoio dado à capacitação para o continente.
Voronkov mencionou ainda a situação no nordeste da Síria, onde a organização continua assessorando e apoiando os países para processarem casos, reabilitar e reintegrar à sociedade pessoas antes associadas a grupos terroristas.
Ele disse que é preciso reforçar ainda mais a segurança das fronteiras para combater os movimentos de terroristas. Por último, Voronkov pediu apoio para um melhor aproveitamento de novas tecnologias nessa missão.
A diretora-executiva do Comitê de Contraterrorismo, Natalia Gherman, declarou que cerca de 40 mil pessoas estão confinadas em campos superlotados e centros de detenção na Síria. As condições de acesso limitado a água limpa e saneamento.
Daesh e outros grupos terroristas
Segundo ela, o Daesh continua ágil em áreas além do Oriente Médio, aproveitando os conflitos em andamento e regiões que vivenciam uma instabilidade crescente.
Após arrasar várias partes do mundo por mais de uma década, o Daesh e outros grupos terroristas representam a ameaça mais significativa à paz, segurança e desenvolvimento sustentável em todo o continente africano.
De acordo com as Nações Unidas, a propaganda gerada pelo grupo “continuou ampla” assim como as finanças de aproximadamente US$ 10 milhões somente no Iraque e na Síria.
Desafios de trabalhadores humanitários
A proteção foi reduzida em locais de detenção desde a queda do governo do ex-presidente sírio, Bashar al-Assad. Há dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores humanitários, incluindo restrições de acesso e ameaças à sua segurança.
O apelo aos países é que facilitem o repatriamento de seus cidadãos nessas instalações de acordo com as obrigações do direito internacional.
Em relação ao Daesh, a ONU destaca que os atuais esforços coletivos mostram a importância de uma resposta unida e adaptável à ameaça em evolução. Com a capacidade do grupo de explorar a instabilidade “é preciso colaboração internacional sustentada” para travar suas ações.
Distribuído pelo Grupo APO para UN News.