Conselho de Segurança em reunião extraordinária sobre escalada da violência na República Democrática do Congo

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Após avanços do movimento rebelde M23 no leste do país africano, órgão da ONU antecipou sessão para manhã deste domingo; ministra congolesa das Relações Exteriores, Therese Kayikwamba Wagner, deve falar a jornalistas depois do encontro, na sede da ONU.

O Conselho de Segurança da ONU se reúne neste domingo, em Nova Iorque, para discutir a escalada da violência na República Democrática do Congo. O encontro, inicialmente marcado para segunda-feira, foi antecipado, em caráter extraordinário.

Desde a intensificação dos confrontos, nas últimas semanas, dezenas de pessoas foram mortas incluindo o general e governador do Kivu Norte, quando visitava a fronteira com Ruanda, na semana passada.

Os rebeldes do M23 são apoiados pelo país vizinho, Ruanda.

ONU seguirá no terreno para proteger população

Após ocuparem localidades no leste incluindo a cidade de Minova, entre as províncias de Kivu Sul e Kivu Norte, os rebeldes tentam avançar para Goma, capital do Kivu Norte.

Essa região da RD Congo é rica em recursos minerais e tem sido alvo de combates há vários anos.

A ministra das Relações Exteriores da República Democrática do Congo, Therese Kayikwamba Wagner, está em Nova Iorque, e deve falar a jornalistas logo após a reunião do Conselho.

No sábado, a ONU retirou trabalhadores não-essenciais às operações de Goma e prometeu seguir atuando no terreno para proteger a população.

Guterres pediu fim imediato dos combates

Mais de 400 mil congoleses já fugiram da região desde o início do ano para escapar da violência. O secretário-geral da ONU pediu o fim imediato dos combates e disse que a situação é grave e pode afetar toda a região dos Grandes Lagos.

A União Africana também apelou para máxima moderação e o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, afirmou que qualquer papel que Ruanda esteja exercendo nesse tema deve acabar.

Já presidente de Angola, João Lourenço, que lidera o Processo de Luanda, que uniu Ruanda e RD Congo para um Acordo de Paz, também apelou a todas as partes que compreendam que o conflito não poderá ser resolvido por meios militares.

Distribuído pelo Grupo APO para UN News.